1. Concepção
Humanista Tradicional.
A concepção humanista tradicional está marcada
pela visão essencialista de homem. O homem é entendido como constituído por uma
essência imutável, cabendo à educação conformar-se à essência humana. A
concepção humanista tradicional se distingue em duas vertentes. Temos a
vertente religiosa, que tem suas raízes na Idade Média e cuja manifestação mais
característica tem como base as correntes do tomismo e do neotomismo. A outra é
a vertente leiga, que é centrada na ideia de “natureza humana”. Essa vertente
que inspirou a construção dos “sistemas públicos de ensino” com as
características de laicidade, obrigatoriedade e gratuidade.
2. Concepção Humanista Moderna
A concepção humanista moderna abrange corretes
como o Pragmatismo, Vitalismo, Historicismo, Existencialismo e Fenomenologia.
Se difere da concepção tradicional, com uma visão de homem centrada na
existência, na vida e na atividade. Na visão tradicional dá-se um privilégio do
adulto, considerado o homem acabado, completo, em oposição à criança, ser
imaturo, incompleto. Na visão moderna, sendo o homem considerado completo desde
o nascimento e inacabado até morrer. Admite-se a existência de formas
descontínuas da educação, em dois sentidos. No primeiro sentido considera-se
que a educação segue o ritmo vital que é variado, determinado pelas diferenças
existenciais ao nível dos indivíduos. No segundo sentido, na medida em que os
momentos verdadeiramente educativos são considerados raros, passageiros,
instantâneos. São momentos de plenitude, porem fugazes e gratuitos.
3. Concepção Analítica
Essa concepção de Filosofia da Educação não
pressupõe explicitamente uma visão de homem nem um “sistema filosófico” geral.
Ela diz que a tarefa da Filosofia da Educação é efetuar a análise da lógica da
linguagem educacional. O método que mais se presta à tarefa proposta é o da
chamada análise informal ou lógica informal. Não se pode esquecer que se trata
do contexto linguístico e não do contexto sócio-econômico-político.
4. Concepção Dialética
A concepção dialética também se recusa a colocar
no ponto de partida determinada visão de homem. Ela se interessa pelo homem
concreto, que seria o homem como “síntese de múltiplas determinações”.
Entende-se que os problemas educacionais não podem ser compreendidos senão por
referência ao contexto histórico em que estão inseridos. A concepção dialética
defende que o movimento segue leis objetivas que não só podem, mas devem ser
conhecidas pelo homem. Encarando a realidade como essencialmente dinâmica, não
se vê necessidade de negar o movimento para admitir o caráter essencial da
realidade, nem de negar a essência para admitir o caráter dinâmico do real
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